Nesta sexta-feira, 3 de outubro, a coluna “Fogo no Parquinho” traz à tona uma grave situação que se desenrola no Colégio Lourival Souto, cujos desdobramentos exigem atenção imediata da esfera pública. Segundo informações apuradas por esta coluna, a instituição de ensino foi formalmente notificada, tanto pelo Ministério Público, através de sua promotoria, quanto por outros órgãos como Conselho Tutelar.

As notificações, que versam sobre denúncias de agressões, racismo e bullying, expõem um cenário de profunda preocupação dentro do ambiente escolar. O que se observa é a transformação do Colégio Lourival Souto em um foco de conflitos, culminando em incidentes lamentáveis como a recente agressão a um jovem com necessidades especiais, supostamente perpetrada por agentes da Guarda Municipal. Este caso, que já resultou na elaboração de boletim de ocorrência e exame de corpo delito na delegacia territorial de Itarantim, ainda carece de informações conclusivas sobre seu desfecho.

Este episódio se soma a uma série de polêmicas que recaem diretamente sobre a Secretaria Municipal de Educação. Não é a primeira vez que esta coluna aborda questões delicadas envolvendo a pasta. Recentemente, reportamos um suposto caso de agressão entre uma diretora e uma professora. Ademais, é relevante mencionar a ação movida pelo Sindicato dos Professores, que obteve êxito em derrubar um edital da Prefeitura referente à nomeação irregular de diretores escolares.

A conjuntura atual sugere um desalinhamento significativo entre os diversos atores do sistema educacional municipal: a Secretaria de Educação, as direções escolares e o corpo docente. Essa disparidade de visões e ações compromete a imagem das instituições de ensino perante a sociedade e, por consequência, afeta a credibilidade da própria Secretaria de Educação.

É profundamente lamentável que o Colégio Lourival Souto, um espaço que deveria ser um pilar para a formação educacional, cidadã e para o fomento de uma cultura de paz, se torne palco de notícias sobre violência. A notificação do Ministério Público é um alerta contundente. Torna-se imperativo que sejam implementadas mudanças radicais e promovidas reflexões profundas na gestão da Secretaria de Educação e na direção da referida instituição de ensino, a fim de reverter este quadro preocupante.