Dizem que o prefeito Fábio Gusmão iria anunciar na festa de aniversário da cidade o nome do secretário de administração, Jailton Brito, como candidato a prefeito em 2028. Pontas de esquinas anunciavam, as pontas de esquinas políticas que muitas vezes acertam. Em Itarantim tem algumas pontas de esquinas que políticos sentam somente para tratar de assuntos assim, é um leva e traz desgramado. Especulações.

Sabendo disso, um grupo da base do prefeito, segundo informações, já estava arquitetando um nome dentro do próprio governo, por não gostar do secretário. Uma coisa é certa: o secretário não é aceito de nenhuma forma na base do governo Fábio Gusmão; o próprio grupo o rejeita. Seria a Via Crucis do secretário que paga pelo seu passado recente, acusado de traição por alguns de seus companheiros de bases antigas?

Bem, se essa informação for verídica e o prefeito realmente iria anunciar o secretário, isso não aconteceu. Talvez o prefeito tenha vários motivos; entre eles, o vazio que ficou na administração por não ter entregado nenhuma obra em mais um aniversário da cidade. Outro motivo é a repercussão da queda do mercado municipal, uma das principais obras do governo que estava em reforma. Desabou e momentaneamente deixou o governo nas cordas.

Uma outra questão observada foi a ausência dos deputados: tanto o estadual, Rosemberg Pinto, quanto o Federal, Otto Filho, que não compareceram ao evento festivo da cidade. Lembrando que Rosemberg Pinto é um cabo eleitoral do secretário Jailton. Aliás, são do mesmo partido, né? E, lembrando que, o imbróglio com o secretário aconteceu na estrutura do partido; ele praticamente colocou o ex-presidente antigo do partido, Kleber, na clandestinidade.

Naquela época, para quem lembra bem, ele queria ser vice na chapa do prefeito; a Federação composta pelo PT não o deixou. Consequentemente, através de articulações políticas em nível estadual, tirou o presidente e agora, segundo informações, é dono da legenda no município.

Eu não sei qual é o sentimento do secretário de administração ao ter reconhecimento — e aqui nós reconhecemos isso — dele fazer um bom trabalho; no entanto, ao mesmo tempo, ele sofre uma grande rejeição dentro da própria base do governo de Fábio Gusmão. Deve ser uma sensação muito estranha.

O que nos parece é que ser prefeito dessa cidade é um sonho do secretário. Mas antes de ser prefeito de um município, é preciso ter relações sólidas com a base e boas relações em geral — coisa que o secretário não tem. Ele enfrenta algumas dificuldades em reconhecer erros e dialogar com alguns dos seus desafetos. O que parece faltar é humildade no secretário para ganhar mais musculatura política nesse aspecto.

Como eu disse anteriormente, o grande cabo eleitoral do secretário é o deputado Rosemberg Pinto, do seu partido. A ausência dele nos festejos da cidade é um grande sinal de que ele perde força política dentro do grupo.

A população considera outros nomes como coadjuvantes neste processo. Mas que qualquer deslizes…

Por exemplo: o nome do vice-prefeito “Vei da Jega” seria um nome forte para concorrer às eleições de 2028? E quanto ao nome do presidente da Câmara, Dudu dos Tutas? Este já afirmou que não será mais candidato a vereador, dando a entender que irá disputar a Prefeitura.

Mas e o prefeito Fábio Gusmão? Ele irá optar por um destes nomes? E caso ele opte por algum deles, estará o grupo alinhado com ele? Esta é a grande pergunta que o próprio grupo de Fábio Gusmão terá que responder. Que, no caso do secretário parece que já há uma resposta…

Uma coisa é certa: na ausência da oposição — e vamos falar aqui de uma oposição que tem 3 mil votos na cidade — quem se desvincular pode aglomerar essa parcela de votos que certamente representa muita coisa.

Mas a tônica disso tudo se dará em 2026 nas eleições para deputado, onde cada um vai medir forças e ver até onde vai sua musculatura política. Quem viver verá…