Entre os dias 1 e 2 de agosto, o município de Itarantim realizou um importante seminário voltado para as questões ambientais locais e regionais. Com o tema central “Ecologia Integral e Mineração” e o lema inspirador “Cuidar da criação é louvar o criador: conversão ecológica para uma vida plena”, o evento reuniu diversos movimentos sociais do sudoeste da Bahia para debater o meio ambiente, com foco especial na atuação de empresas de mineração que têm expandido suas atividades na região, incluindo Itarantim, onde pesquisas para exploração de terras raras estão em andamento.

O seminário também abordou a relevância das Leis de Iniciativa Popular. Em Itarantim, uma Comissão Popular de Meio Ambiente já coletou assinaturas para propor uma lei municipal que visa proteger áreas de sensibilidade ambiental, como serras e bacias hidrográficas essenciais para o abastecimento da cidade, contra os projetos de mineração.

A realização do evento foi do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), Mam e movimentos de proteção do Rio Pardo em parceria com a Arquidiocese de Vitória da Conquista e a paróquia Santo Antônio de Itarantim. Segundo informações da organização repassadas ao site Crônicas de Itarantim, foram tomadas decisões importantes durante o seminário. Uma delas foi a criação de um movimento para discutir a degradação ambiental na região sudoeste, uma espécie de comissão de meio ambiente da Arquidiocese de Vitória da Conquista.

Outro encaminhamento significativo foi o envio do projeto de Lei de Iniciativa Popular à Câmara de Vereadores de Itarantim. O projeto agora aguarda o retorno dos trabalhos legislativos para ser apreciado e votado pelos parlamentares.