A Coluna ‘Fogo no Parquinho’ desta sexta-feira traz a situação da oposição que mais parece a Torre de Babel

Fogo no Parquinho: A oposição em Itarantim sem rumos e não se entende em simples diálogos.
A coluna “Fogo no Parquinho” desta sexta-feira, 16 de maio, traz à tona a confusa situação da oposição em Itarantim, que parece não ter encontrado um rumo desde as eleições de 2024. A oposição representada pela candidata Ana Paula, que tem estado bastante sumida, perdeu para o atual prefeito Fábio Gusmão com uma diferença esmagadora: 3.110 votos para 7.963. Essa margem expressiva é um marco na história política da cidade.
O reflexo dessa derrota foi evidenciado na última sessão da Câmara de Vereadores, onde os representantes eleitos na chapa da oposição, como o ex-presidente Zeza Gigante e o vereador Carlos Alberto, não conseguiram se entender. Zeza anunciou que seria o líder da oposição na Câmara, mas Carlos Alberto se negou a assinar qualquer documento relacionado, já que Zeza havia enviado um ofício à mesa diretora esperando apoio dos colegas. O resultado foi uma discussão acalorada, evidenciando que a oposição ainda está sem direção e parece longe de alcançar um consenso para as eleições de 2026.
Enquanto isso, o prefeito Fábio Gusmão continua suas peripécias pela cidade sem se preocupar com a oposição ou com nada. Recentemente, ele interrompeu um caminhão pesado (foto ao lado) que transitava pelas ruas, alegando que poderia danificar o asfalto. Na opinião pública ele estava correto.
recentemente (aí eu não me lembro se foi o líder do governo ou o presidente da Câmara) um vereador sugeriu que na eleição de 2024 Fábio poderia ficar em casa descansando e ainda assim venceria aquela eleição. Um popular chegou a afirmar que se Fábio passasse os dias tomando sua “pinguinha” — hábito conhecido do prefeito — ainda ganharia a eleição pela falta de força política da oposição.
É importante lembrar que as eleições de 2026 definirão o cenário para 2028, e muitas surpresas podem surgir nesse caminho. A situação e a oposição podem acabar mudando seus papéis conforme os acontecimentos se desenrolam. Os 3.110 votos obtidos pela oposição são significativos. No entanto, a própria Ana Paula não tem demonstrado interesse ou presença política após as eleições e com isso vem perdendo terreno.
Além disso, muitos desses votos podem ter migrado desde então; se as eleições fossem hoje, é possível que tanto Ana Paula quanto Fábio não conseguissem manter suas respectivas quantidades de votos, no caso da situação devido às dificuldades enfrentadas nos últimos meses de governo. Dizem que este é o pior momento do governo Gusmão.
A fragilidade da oposição nos últimos seis anos em Itarantim é evidente: falta articulação política e diálogo entre os opositores, que não conseguem falar a mesma língua. Os dois vereadores eleitos no palanque da oposição são a síntese de que a oposição é uma Torre de Babel que tenta alcançar o céu mas se depara com a falta de entendimento que mais esparrama que junta.
Assim, fica a pergunta: quem foi o grande responsável por essa desorganização na oposição?