A coluna ‘Fogo no Parquinho desta sexta-feira: “Dois de vós irão me trair!”

Ah, a sessão da Câmara de Vereadores do dia 29 de abril! Um verdadeiro espetáculo digno de um Oscar, com direito a drama, traição e uma pitada de comédia. O prefeito, coitado, achou que estava em um conto de fadas, cercado por seus fiéis escudeiros, prontos para aplaudir suas contas como se fossem o novo hit do São João (12.0). Mas, como todo bom conto de fadas, o que ele não esperava era que os príncipes se transformassem em sapos na hora da votação.
Dois vereadores da sua própria base — que ninguém sabe quem é— decidiram que seria mais divertido dar uma reprovada nas contas do prefeito. Que ousadia! Quase dá para imaginar o prefeito reunindo todos os vereadores em volta da mesa, oferecendo pãozinho e vinho como se estivesse celebrando a última ceia. “Aqui está, meus amigos! Vamos celebrar a unidade e a aprovação das contas!” Tudo isso enquanto dois dos convidados sorriem e pensam: “Sim, claro… até que a votação comece!”
Dois vereadores (Carlos Alberto e Zeza) não foram convidados para a “Santa Ceia”, ops! eu quis dizer a reunião com o prefeito na semana anterior a votação de suas contas (talvez por estarem ocupados demais com suas agendas cheias de… sei lá o quê).
O prefeito deve ter ficado tão surpreso quanto alguém que encontra um palhaço no meio de um velório. “Mas como assim? Eu pensei que éramos todos amigos!” Ah, a inocência!
E agora, quem será o próximo traidor? Será que vão fazer uma votação secreta sobre quem pode se sentar à mesa do prefeito? Ou talvez ele precise começar a oferecer pães com recheio especial — algo como “lealdade” ou “promessas não cumpridas”?
No final das contas, essa história toda nos ensina uma lição valiosa: cuidado com quem você convida para comer seu pão. Eles podem acabar sendo os primeiros a te dar uma facada nas costas. E assim seguimos nessa dança política, onde cada passo pode ser o último e cada voto pode ser uma traição disfarçada. Cenas do próximo capítulo? Não perca!
*A passagem do Evangelho que menciona “um de vós me vai trair” refere-se a Mateus 26: 21-25, onde Jesus anuncia aos discípulos que um deles vai traí-lo durante a Última Ceia. Esta passagem marca o momento em que Judas Iscariotes, um dos doze discípulos, decide trair Jesus, como relatado na Bíblia.