A investigação da Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, preso durante a Operação Contragolpe deflagrada nesta terça-feira (19), incluiu no documento chamado “Punhal Verde e Amarelo” detalhes sobre as munições que seriam usadas no plano para assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
De acordo com a PF, “a lista do arsenal planejado demonstra o elevado poderio bélico previsto para a ação”.
“As pistolas e fuzis mencionados (‘4 Pst 9 mm ou .40’ e ‘4 Fz 5,56 mm, 7,62 mm ou .338’) são armamentos frequentemente utilizados por policiais e militares devido à alta eficácia de seus calibres”, afirma a PF.
O relatório da PF também destaca que o arsenal incluía “armamentos de guerra normalmente empregados por grupos de combate”. A primeira arma listada era uma M249, descrita como “uma metralhadora leve altamente eficaz, projetada para suporte de fogo em combate”. A segunda era um lançador de granadas de 40mm, capaz de disparar granadas de fragmentação ou munições especiais, oferecendo “capacidade de fogo indireto e versatilidade”. O terceiro item listado era um lança-rojão AT4, usado principalmente em combates contra veículos blindados e estruturas fortificadas.
Lista de itens previstos no arsenal: Seis coletes à prova de balas; 12 granadas; Quatro pistolas; Rádios de baixa frequência; Seis celulares descartáveis; Quatro fuzis, além de munição não rastreável; Uma metralhadora, um lança-granadas e um lança-rojão, também com munição não rastreável.
O documento do “Punhal Verde e Amarelo” indicava que seriam necessárias seis pessoas para executar o plano, batizado pelos investigados de “Copa 2022”. Esse plano envolvia a eliminação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.
Além disso, o texto incluía análises sobre os riscos e impactos da operação, incluindo a possibilidade de “baixas aceitáveis”. (Com informações do Bahia.ba).