Itambé – Na manhã deste sábado, 03 de maio, moradores da cidade de Itambé, localizada no médio sudoeste da Bahia, se mobilizaram em protesto contra o fechamento do Hospital Santa Casa de Misericórdia São Sebastião, anunciado na sexta-feira, 02 de maio. A interrupção dos serviços está marcada para a próxima segunda-feira, 05 de maio, e a decisão foi motivada por graves dificuldades financeiras enfrentadas pela instituição.

Os manifestantes fecharam a BA 263, que liga Itambé a Vitória da Conquista, queimando pneus e bloqueando o trânsito por várias horas. O clima de indignação é palpável entre os moradores, que temem as consequências do fechamento do hospital do município. “Se o hospital fechar, teremos que ir a outros municípios para receber atendimento. Isso é um caos para nossa saúde!”, afirmou uma das participantes do protesto.

De acordo com informações divulgadas pela Santa Casa, as dificuldades financeiras são atribuídas a dívidas acumuladas ao longo dos anos, especialmente relacionadas a processos trabalhistas que ultrapassam R$ 3,5 milhões. Esses valores resultaram no bloqueio de diversos recursos das contas bancárias da instituição, impossibilitando a manutenção dos serviços médicos.

A paralisação dos atendimentos pode gerar um impacto significativo na saúde pública do município. Moradores expressam preocupação com a possibilidade de um colapso no sistema de saúde local. “Estamos aqui para lutar por nossos direitos e pela saúde da nossa população. Não podemos aceitar que o hospital feche sem uma alternativa”, disse, outro manifestante.

A direção da Santa Casa se reuniu com o prefeito de Itambé e secretários municipais na tentativa de encontrar uma solução viável para evitar o fechamento. No entanto, até o momento, não houve um desfecho positivo nas negociações.

A comunidade continua mobilizada e promete intensificar as manifestações caso não haja uma resposta satisfatória das autoridades. A situação em Itambé é um reflexo das dificuldades enfrentadas por muitas instituições de saúde no Brasil e destaca a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para garantir o acesso à saúde.