O MPF e as Defensorias Públicas da União e da Bahia afirmam que o assassinato de indígenas tem ligação com com a atuação de uma milícia armada que atua no estado.
Investigações apontam que o grupo conta com a participação de PMs. Segundo comunicado do MPF e das defensorias, as apurações começaram após a implantação de um gabinete de crise instalado pelo Ministério dos Povos Indígenas para investigar o assassinato de três jovens indígenas no sul da Bahia, entre setembro de 2022 e janeiro de 2023, como informou o portal Metro1.
As reuniões terminaram sem apontar soluções para o problema de segurança. O MPF e as defensorias dizem que o governo da Bahia negou solicitações feitas por lideranças indígenas para utilização da Força Nacional na região após as mortes. A gestão estadual teria alegado que a segurança poderia ser feita pelas próprias forças locais.
No último domingo (21) Nega Pataxó foi assassinada na região de Potiraguá, após fazendeiros tentarem expulsar indígenas que ocupavam uma fazenda na região. O filho de um fazendeiro foi preso e a perícia (confira reportagem aqui: tiro que matou indígena) constatou que a bala que matou a líder indígena saiu da arma que estava com o jovem de 20 anos de idade que agora está preso com mais outro homem que é um Policial Militar aposentado.