A Justiça do Rio de Janeiro absolveu todos os réus do caso do incêndio no Ninho do Urubu, onde 10 adolescentes atletas do Flamengo morreram em 2019. A decisão saiu nesta terça-feira (21).
Os jovens dormiam em uma instalação provisória, dentro de um contêiner, quando o incêndio começou. A suspeita é de que o fogo começou após um curto-circuito em um ar-condicionado, que ficava ligado a todo momento no local. A investigação apontou que devido ao material do contêiner, o fogo se alastrou.
De acordo com a prefeitura do Rio, o Ninho do Urubu não tinha alvará de funcionamento na época. As vítimas tinham entre 14 e 16 anos e eram atletas da base do time.
Onze pessoas respondiam pelos crimes de incêndio culposo qualificado com resultado morte e lesão corporal. Entre os réus estavam o ex-presidente do clube, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, os então diretores do time Antonio Marcio Mongelli e Garotti e Carlos Renato Mamede Noval, representantes de empresas que prestavam serviços e o monitor dos atletas de base do Flamengo.
De acordo com o juiz, a investigação não comprova o relatório apresentado pela Polícia Civil; não há provas suficientes que fundamentam a condenação; nenhum dos acusados tinha atribuições diretas sobre a manutenção ou segurança elétrica dos módulos e o Ministério Público formulou a denúncia de forma abrangente e genérica.