A contestação apresentada pela prefeita de Maiquinique na ação popular que bloqueou a segunda parcela dos precatórios do FUNDEF trouxe à tona um dado que vem gerando forte repercussão no município. Nos documentos encaminhados à Justiça, a gestão informou que parte dos recursos recebidos em 2024 foi destinada ao pagamento de contratos antigos, entre eles a aquisição de pneus junto à empresa Jardim Auto Center Ltda, pertencente ao vice-prefeito Kayque Jardim.

De acordo com os extratos apresentados, a empresa recebeu mais de R$ 200 mil em pagamentos feitos com recursos do FUNDEF, que deveriam priorizar investimentos em escolas, alunos e professores. O contrato em questão já havia sido alvo de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara de Vereadores no começo do governo no primeiro mandato e continua sob investigação do Ministério Público por suspeitas de irregularidades.

A situação levanta questionamentos sobre a destinação dos recursos da educação em Maiquinique, especialmente por se tratar de verbas vinculadas e com aplicação restrita. A Justiça exigiu que a prefeitura apresentasse detalhamento dos gastos justamente para garantir a correta utilização do dinheiro público.

Agora, caberá ao Judiciário e aos órgãos de controle analisar a legalidade dos pagamentos e definir os próximos passos do processo. Enquanto isso, o episódio reacende o debate sobre transparência e responsabilidade na aplicação dos recursos da educação no município.

Recentemente a redação do Crônicas de Itarantim publicou uma matéria do Ministério Público pedindo a cassação da prefeita e do vice por abuso de poder econômico nas eleições de 2024. Com essa situação nova a prefeita e o vice se encrenca mais ainda com a justiça.