Justiça afasta do cargo da CBF o baiano Ednaldo Rodrigues e pede novas eleições na entidade

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, foi afastado do cargo na tarde desta quinta-feira (16) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TR-RJ).
Na decisão, o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro determinou que o vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, assuma a entidade como interventor e determinou que ele deverá convocar novas eleições “o mais rápido possível”.
O caso envolve possível falsificação na assinatura de Coronel Nunes, ex-presidente da CBF. O magistrado pediu para ouvi-lo na última segunda (12), mas a defesa dele afirmou que o intimado não compareceria por razões de saúde.
“Intimado a fim de comparecer à audiência de impressão pessoal designada pelo juízo na pessoa do seu advogado, Dr. André Mattos, o Coronel Nunes não se fez presente, sequer por videoconferência, o que lhe foi facultado”, diz parte do chamamento.
Entenda o caso
Ednaldo Rodrigues tem enfrentado a Justiça desde que foi eleito presidente da CBF para um mandato de quatro anos. A oposição questiona a assinatura no acordo conjunto com o ex-dirigente da entidade, Coronel Nunes, que antes tinha resolvido o questionamento sobre a eleição de Ednaldo, em 2022.
Na ocasião, a suspeita recaiu sobre a condição de saúde do Coronel Nunes, que assinou o documento em janeiro deste ano. É possível que o documento tenha sido homologado com uma assinatura falsa. Se comprovado, a eleição de Ednaldo perde a validade.
O então presidente da CBF viu a oposição crescer nas últimas semanas. A articulação política veio com vazamento de documentos e ações na Justiça. Há também um laudo pericial, apresentado pela deputada federal, Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Fernando Sarney, indicando que a assinatura não é verdadeira.
Ednaldo x Justiça
O ex-presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF) enfrenta a Justiça e é afastado do cargo pela segunda vez. Em dezembro de 2023, o TJ-RI já havia determinado o afastamento de Ednaldo. No mês seguinte, o dirigente voltou ao comando da entidade, por decisão de Gilmar Mendes, do STF.