Secretário de educação de Maiquinique da prefeita Valéria é acusado de assédio moral e coação

Relatos apontam que o Secretário de Educação, do município de Maiquinique, da prefeita Valéria Silveira, Wesley Bleza, teria instituído um grupo de WhatsApp com o intuito de monitorar e direcionar a atuação de contratados em redes sociais. A exigência seria o engajamento em publicações da administração municipal, incluindo curtidas, compartilhamentos e comentários, o que seria uma forma de coagir funcionários.
Conforme informações obtidas pela reportagem do Crônicas de Itarantim, servidores que não aderirem às determinações do grupo estariam sendo alertados sobre a possibilidade de não terem seus contratos renovados para o próximo ano letivo. A pressão, segundo as denúncias, contaria com o suporte de diretoras escolares, identificadas como Patrícia Guimarães e Edna Lima. Elas estariam, supostamente, reforçando as diretrizes e pressionando os contratados a participarem de ações políticas virtuais.
Em mensagens que circulam no grupo, a diretora Edna Lima teria declarado que “quem não compartilha as postagens não merece ser contratado novamente”. A declaração é vista pelos denunciantes como uma clara configuração de coerção e assédio moral. A diretora Patrícia Guimarães, por sua vez, teria demonstrado apoio às cobranças e ao controle exercido sobre os profissionais.
Os servidores, que pedem para não ser identificados por receio de represálias, descrevem um clima de opressão e constrangimento. Sentem-se compelidos a participar de atividades de cunho político para assegurar a continuidade em seus postos de trabalho. O caso levanta questionamentos sérios sobre o uso indevido de poder hierárquico para manipulação política e sobre o desrespeito aos direitos trabalhistas e à liberdade de expressão dos educadores.
Segundo informações obtidas pela nossa reportagem, uma denúncia será formalizada na justiça contra o secretário de educação que em um passado recente já respondeu na justiça em âmbito administrativo, também.