A administração municipal de Itapetinga, liderada pelo prefeito Eduardo Hagge, tem vivenciado dias de grande agitação política e administrativa. Um dos focos de atenção tem sido a investigação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que identificou a prática de nepotismo na gestão pública.
De acordo com as apurações, 28 servidores teriam sido contratados de forma irregular, configurando casos de nepotismo. Em resposta, a justiça determinou um prazo de dez dias para que a Prefeitura realize as devidas exonerações desses funcionários e proibiu a celebração de novos contratos.
Contudo, o que tem gerado ainda mais burburinho no cenário político local e regional, além da questão do nepotismo, foi a exoneração da esposa do ex-prefeito Rodrigo Hagge, ocorrida nesta quarta-feira, 13 de agosto.
O fato chamou a atenção da imprensa regional e de analistas políticos, que já antecipavam um possível atrito entre o atual prefeito e o ex-gestor (tio e sobrinho).
Essa distância vem se acentuando nos últimos meses, com um dos principais fatores sendo a aproximação do prefeito Eduardo Hagge com o governo do Estado, uma relação que o ex-prefeito Rodrigo Hagge não mantinha.
Circulam informações que sugerem que a exoneração da esposa do ex-prefeito pode ter sido motivada por esses atritos, especialmente porque ela não estaria entre os 28 demitidos recomendados pelo Ministério Público em decorrência do nepotismo. A situação aponta para um cenário de divergências internas e reconfiguração de alianças políticas no município.