Pesquisadora cobra freio à escalada militar: “Estamos virando Venezuela”
A decisão do Alto Comando do Exercito Brasileiro de não punir o general da ativa Eduardo Pazuello, que participou de uma manifestação com o presidente Jair Bolsonaro no último dia 23 de maio, mostra a intrincada relação entre Estado, governo e Forças Armadas. A análise é da professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Franca, Suzeley Kalil, que se dedica ao estudo das Forças Armadas no Brasil desde a década de 1980.
Cientista política que integra o Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (Gedes), Suzeley enxerga na ação do Alto Comando um movimento esperado, que se inclina ao que chamou de “Partido Militar”. Para a pesquisadora, como Bolsonaro se elegeu dentro da lógica dessa pretensa legenda, a ação de perdoar o general é de interesse de quem integra os quadros desse “partido”.