Convite ao Pensar: NA RETA FINAL DA CAMPANHA TUDO PODE ACONTECER
Na reta final de uma disputa eleitoral é quando se revela as verdadeiras intenções de alguns CANDIDATOS, de eleitores e cabos eleitorais MAL-INTENCIONADOS. Os disfarces já não escondem os rostos e as presas famintas por poder. Os pudores e escrúpulos são colocados em segundo e terceiro planos. O que passa a imperar na política é que “os fins justificam os meios”. Nessa parte da disputa, os mal-intencionados passam a utilizar de todos os meios, pensados e imaginados, para alcançarem o fim que é a vitória nas urnas, “custe o que custar”.
Vale tudo pelo poder? Para essa turma sim. Vale mentir, difamar, enganar, caluniar, prometer, pressionar, ameaçar, coagir…, a lista de verbos do vale tudo é longa e pode chegar até o verbo “matar”. A parte pior nestes dias, que antecedem ao da eleição, não vem apenas dos políticos, mas também de lideranças religiosas, de pessoas admiradas na cidade e de eleitores/eleitoras que passam a utilizar do mesmo princípio – “os fins justificam os meios” – em favor do seu candidato. Quando deveriam apossar deste princípio em defesa do povo mais simples, verdadeira intenção de Maquiavel.
Os dias que antecedem ao da eleição não são para amadores e os sobreviventes nunca mais serão os mesmos. Se já era difícil com a cidade dividida em duas candidaturas (SITUAÇÃO X OPOSIÇÃO), com três candidaturas competitivas e com 129 candidatos/candidatas a vereador tudo pode acontecer. As mídias sociais que adquiriram grande poder em nossa cidade e deveriam ajudar no processo político, tem ajudado a piorar o cenário. As redes sociais, infelizmente, tem ajudado a propagar “fake news”, vídeos apelativos, poluição áudio visual, campanhas apelativas e até de “terror” de alguns candidatos.
Na reta final desta campanha, diferente de todas as outras, coisas impensadas vão acontecer com mais frequências e as consequências serão “irreparáveis”. Famílias, igrejas, “amizades, o pensamento e a própria vida ficarão triplamente divididas. A pressão e as cobranças alcançarão temperatura máxima e quase ninguém estará imune. Carros plotados de manhã com a imagem de determinado candidato, aparecerá a tarde desfilando pelas ruas com a de outro. Alguns Eleitores/eleitoras mudarão de grupo político com tanta frequência que depois da eleição, mesmo “jurando” em quem votaram, não terão credibilidade.
Os entusiasmados (as) do início da campanha já não demonstrarão o mesmo vigor e nem responderão com tanta frequência ao chamado do líder. A Polícia e a Justiça Eleitoral serão acionadas tantas vezes que terão que aumentar o contingente. A perseguição aos carros, ligados aos candidatos, aumentarão com a chegada da noite e atos ilícitos de campanha poderão ser filmados em alta resolução.
Entrar numa “guerra política” é tão difícil quanto sair dela sem arranhões leves e/ou profundos. Aqueles demasiadamente puritanos e fideístas (se é que existem na reta final de uma campanha) aprenderão a “usar as mesmas armas políticas” não pela fome de poder, mas para se protegerem e protegerem Itarantim das mãos e das presas dos mal-intencionados da política.

Por Zé Alves: *Bacharel Licenciado em Filosofia pela PUC-Minas; Filosofia da Educação pelo ISTA; Cursou dois anos de Teologia e cursos de especialização no campo da Psicologia Comportamental.